Nosso mestre, esse que por 3 anos passou domingos a nos mostrar o “caminho das pedras”, pedras que simplesmente vão aparecendo e que cabe a nós transformá-las, molda-las, limpar tudo e despertar a beleza escondida nos caminhos da vida... Ele que nos ensinou a juntar bagagens, a perceber as possibilidades, a nos afirmar e continuar afirmando sempre, o que somos e o que queremos ser... Ele que nos ensinou a bela arte do palhaço, o gosto de despertar o riso, nos ensinou que também existem palhaços tristes, mas disso também nasce sorrisos... Ele que nos mostrou que técnicas são necessárias, mas importante mesmo é ser, é viver, é sentir que tudo que você faz é real, é parte de você... Nos levou do teatro as ruas do nosso bairro, nos mostrou o quanto interessante e rica é toda nossa cultura, e que não devemos apenas levar o teatro para esse povo, mas sim, traze-los com suas riquezas para o teatro... Nós que somos tão gratos por toda essa bagagem, carregaremos tudo, pois nada é pesado, são ferramentas, armas do bem, foi nos tirando as couraças, e isso nos movimenta, e como ele mesmo nos ensinou “O mais importante é não deixar a peteca cair.”
“Não sou candidato a nada
Meu negocio é madrugada
Mas meu coração não se conforma
O meu peito é do contra
E por isso mete bronca
Nesse samba plataforma...”
“Vamos fazendo, criando e peneirando tudo, as vezes aparece um ouro” Paulo Fabiano Construção da peça "Quando os Palhaços Choram"
“...Por acaso estamos sujeitos às leis do reino da Banalidade? Não, não estamos. E esse não estar, palhaço, é justamente nosso fascínio. Nosso encantamento. Nossa magia. O mistério de nossas vidas. E nossas vidas, um constante convite para a delirante fantasia, o sonho profético, a poesia. O nosso andar sem termo é altamente instigador. Assombra...”
Balada de um Palhaço – Plínio Marcus
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